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08/10/2022 - 10h

Espero mesmo que você se aventure nessa imersão e que eu possa te ajudar a dar contorno, continência teórica, ao seu entendimento do que é o DESEJO para a psicanálise.

Mas vem cá, antes de te falar sobre a imersão, quero te contar uma história.
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Quando eu estava no começo do meu percurso como analista em formação, tive a oportunidade de ir a uma exposição da Yoko Ono. Dentre as obras de arte dela, sempre interativas com o público, em um canto da sala, tinha uma pequena árvore.

A árvore não devia ter mais que 1,70m e estava apinhada de pedaços de papel branco, amarrados aos seus galhos. Quando me aproximei, a indicação da obra de arte dizia:

“Faça um pedido. Escreva em um pedaço de papel. Dobre e amarre em um galho da Árvore do DESEJO. Peça aos seus amigos para fazer o mesmo. Continue a DESEJAR. Até que os galhos estejam cobertos de DESEJOS.”

Lembro de olhar o papel em branco, pensar bem e escrever: “o que eu desejo é saber o que eu desejo!” Mal sabia eu que esse DESEJO é impossível de se realizar. Mas o neurótico, ele merece sofrer, não é mesmo? :)
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Sem saber que saber o que se deseja é intangível, eu procurava a resposta a cada sessão da minha análise. Pois veja a grata surpresa quando, no meu percurso teórico dentro da psicanálise, entendi que o lugar do analista é justamente aquele que opera sobre o FAZER DESEJAR.

Atravessada pelo efeito desse contorno teórico sobre o DESEJO, em um só-depois, eu me vi desejosa de falar sobre desejo aos que desejam sustentar o ofício de analista.

Desse desejo nasceu uma imersão sobre a teoria do DESEJO em psicanálise, de Freud a Lacan. Essa que você se interessou e desejou aqui.

E não se engane, não é de forma leviana que repito tantas vezes essa palavra: DESEJO. Porque o DESEJO, camarada, insiste.

O desejo é o norte da nossa bússola, cara pálida!

Dito isso, qualquer analisante é atravessado pela questão do desejo, a pergunta sobre o desejo. Por causa dessa função tão importante, a de ser nosso farol e diretriz de manejo, o DESEJO é um conceito muito caro e precioso a todos nós.

Hoje, quase 15 anos depois da experiência com a obra de arte da Yoko Ono, eu escreveria outra coisa no papel branco. Minhas palavras seriam:
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Vem comigo sustentar, mais ainda, o estudo teórico disso que é o ponto que eu e você nos identificamos: esse desejo incessante, constante e desajuizado pela psicanálise.

Simbora?

Como será a imersão

Na clínica da neurose, o analista opera sobre os modos subjetivos de lidar com a falta e, consequentemente, com o desejo.

Presente na práxis do analista, Lacan repetidamente afirma que o desejo está no centro da condução do tratamento e também da teoria psicanalítica. E mais ainda: Lacan ensina que a ética da psicanálise é uma ética do desejo.

Mas o que significa afirmar isso? A proposta dessa imersão é tentar responder essa pergunta.

  • Começaremos pelos antecedentes freudianos e como Freud pensava que “O desejo é a nostalgia do objeto perdido”.

  • Em seguida, vamos investigar o desejo em Lacan e sua articulação com a ética da psicanálise.

  • Por fim, a partir das bases conceituais apresentadas, vamos pensar sobre o desejo do analista e sua função na direção e no manejo de uma análise.

A gravação desta imersão ficará disponível por 1 ano.

Você receberá o acesso ao encontro por e-mail, no dia anterior. Qualquer dúvida, entre em contato por WhatsApp: (51)995651211.

Quem é Fernanda Samico:

Fernanda Samico é doutora em Pesquisa e Clínica em Psicanálise (UERJ) e membro do Corpo Freudiano de Vassouras/RJ. Atua como psicanalista há 17 anos, foi supervisora de estágio por 7, e coordenadora do Serviço de Psicologia Aplicada da Universidade de Vassouras/RJ por 3 anos.
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